segunda-feira, 3 de outubro de 2011

O carburador e a Injeção eletronica


Para falamos do presente e do desenvolvimento das novas tecnologias é impossível não voltarmos ao passado não importa quando tempo. O último veiculo com carburador, até 1996 em linha no Brasil até hoje é a Kombi, que abandonou finalmente o sistema para atender as leis antipoluição vigentes, mas se pararmos pra pensar será que a Kombi até 2006 usando um motor boxer de mais de 50 anos de concepção poderia atender mesmo em injeção? Quais são os limites aliás, aos veiculos de acordo com seu porte, ultilitários etc? Bom, Nao sei pois nao entendo muito de leis, se voce estiver lendo fique a vontade pra dizer.
Mas pra nao mudar de assunto, é conhecido de todos os simpatizantes ou proficionais do automobilismo que a injeção eletrônica trouxe um sistema mais rigoroso de queima de combustível, visando economia, desempenho e qualidades que na prática variam muito de carro pra carro sejam carburados ou injetados.
O que pouca gente sabe é que praticamente todos os recursos de um carro injetado, foram desenvolvidos ainda na era do carburador, cito algus deles como sistema de canister e aproveitamento dos gases do tanque, sistema "Cut-Off" que corta o combustivel de marcha lenta nas desacelerações (postarei mas detalhes desse sistema), sistema de controle da temperatura do ar admitida de acordo com a temperatura do motor em fase de aquecimento, além do simples afogador eletrônico e todos os demais recusos que visavam igualmente reduzir poluentes e aumentar desempenho e economia.
Bom, mas se você me pergunta que carro eu prefiro dirigir, esse tenho que dizer e já devo ter deixado transparecer no texo; o bom e velho carburado. Quando você dirige um carburado, tem o controle direto sobre o veículo, "Sente" todas as reações como se fosse parte de seus reflexos cerebrais, já no sistema de injeção é como se fosse um robô dirigindo o carro por você. Quando se precisa de uma resposta rápida no acelerador então, você mal pisa no acelerador e o carburador já avança o ponto de ignição no distribuidor injetando o combustivel e o giro do motor sobe no mesmo instante, enquanto no injetado o módulo precisa receber a informação de que você pisou no acelerador pra fazer calculos e processalos para aí sim, agir nos atuadores aumentando o tempo de injeção nos eletroinjetores e o avanço de ignição, então o giro sobe depois de preciosos centésimos de segundo. Não é de se estranhar pois, que um motorista acostumado ao carburado muitas vezes deixa o carro morrer porque tirou o pé da embreagem "cedo demais" quando pisou no acelerador.
Por fim, pra não parecer discurso anti-progresso falo da manutenção que simpatizantes ou não da injeção eletrônica hão de concordar comigo; A manutenção de um carro injetado é uma FACADA, você fica refém de um computador que na verdade deveria reduzir o preço por tornar o diagnostico veicular prático, vira uma ferramenta de lesar o leigo na mão de muito mecânico de regulagem. Além do quê, se você ficar na mão na rua meu amigo, não tem jeito, aceite uma facada extra do guincho ou não sai dali se não tiver ninguém que você conheça com umas cordas e te dê uma forçinha. Já o carro carburado muitas vezes pode se reparado ali mesmo no local ainda que provisoriamente até chegar a uma oficina, empurrando-se o carro pra um lugar mais seguro pra fazer o socorro é claro.
Um carburador na mão de um bom técnico de regulagem ou quem gosta conhece e sabe o que faz, é como um relógio na mão de um relojoeiro; ele não faz experimentos mudando aquilo que engenheiros gastaram meses desenvolvendo, coloca como deve ser feito e quando instala no veículo o afina como um afinador faz a um instrumento musical.

Voce que gosta de manter o motor limpinho e reluzente então; o carburado é uma beleza! Pode jogar agua onde quizer sem medo se ser feliz, tendo o cuidado apenas do motor estar frio e de secar o distribuidor após a lavagem.
Gosto de carburador, e como da pra ver de cara nesse blog posso me dizer um entusiasta de antiguidades variadas em tecnologia, mas também gosto do que é novo e das novas teconologias, pois se estou postando isso atravéz de um computador, que facilitou a minha vida em vários aspectos e é gerenciado por softwares e hardwares, por quê não deveriamos ter isso nos veículos e aproveitarmos essa tecnologia em nossos motores? Porém, gostaria realmente que a injeção eletronica tornasse minha vida mais prática e não mais cara, que fosse um sistema em que eu não tivesse que vender meu carro antes de começar os problemas e as dores de cabeça mesmo que eu siga rigorosamente os planos de manutenção, como faço com meu carburado. Mas creio que o futuro melhora e nunca regride, então até lá vou em frente com meus Diafragmas, Venturis e Gicleurs.

Conde L. Terranova

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